quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Minha carta de (re)descoberta.

Nossa que aqui parece "um estranho". De tempos que não sacudo a poeira.

E como boa volta, porque não falar do único ser humano responsável pela minha felicidade, realização e tudo mais. Lógico, eu. 


Mas não tem sido tão lógico assim, faz quase um ano que não passeio por aqui e que não passeio por mim mesma. Foram meses de desencontro, de tormenta e tudo mais que aflige os meros mortais.
Mas, como diria Renato, "tenho andado distraída, impaciente e indecisa, ainda estou confusa só que agora é diferente , estou mais tranquila e mais contente".
Bem, a última parte já é otimismo! Mas agora, lembrando de uma palestra que assisti nos últimos dias, lembro que o palestrante fez um comentário bem interessante: ao falar do contexto político nacional ele disse que, ao contrário de muitos, ele não estava triste ou decepcionado com os casos de corrupção que são desmascarados todos os dias, ao contrário, ele sentia que aquilo era revolucionário, pois no nosso país jamais os atos ilícitos foram tão evidenciados e tão punidos como agora, apesar de sempre ocorrerem, e que para ele, isso é o início da nossa mudança. Levando a analogia pra minha vida, nada especial, acho a mesma coisa: nunca tudo foi tão evidenciado, as dores, os amores, os rancores, os pesares, as esperanças, as desconstruções. Nunca precisei me reinventar e começar tudo do zero como nos últimos tempos.  
Bom, o pior, ou melhor, não sei, é que depois de se ver pelo avesso tantas vezes, você tem uma certa dificuldade, um certo "delay" em saber qual seu lado certo (Oh, isso já foi escrito por alguém, só referenciei), em saber onde seu chão é firme ou onde você pode afundar. 
No entanto, parece que esse é o momento mais importante da minha vida, o mais crucial, aquele que eu preciso filtrar tudo que é combustível e tudo que me é sobra. Porque nesses momentos específicos, por mais gente que se tenha ao redor, por mais amor que dê ou receba, no final da noite quando deitamos no travesseiro estamos sozinhos. Não sozinho no sentido solitário da palavra, rsrsrs, mas sozinho no sentido existencial, sozinhos como viemos a esse mundo, sozinho e interligado ao mesmo tempo, com inúmeras ilhas interiores, mas "forçado" a ser continente todo os dias.  
Mas nesses momentos, é só você. É só você que sente, só você que respira, e só você que se escuta. Que lê seus próprios sinais, suas próprias nuances, e percebe que talvez isso de lado não cole muito contigo. Que você talvez não se encaixe nisso do avesso, do direito. Porque a vida não é esse closed arrumadinho que você arquiteta na sua cabeça, que as outras pessoas não podem ser essenciais nos seus planos, mas sim fazer parte deles, que ninguém tem o direito de limitar o que você sente, o que você pensa, o que você é. 
No mais, quando se acorda, a sensação de reinício é inevitável, o desejo de mudança, de reinventamento também. E aquela pergunta ecoando lá no fundo, nas caixinhas que você amarrota no fundo da cabeça pra só mexer quando voltar ao estado solo: " E aí, tá pronta pra isso? E aí, mais um dia, você topa?" E a resposta... bom, tá quase na hora de deitar, então, depois penso nisso! E tenho dito!

sábado, 17 de janeiro de 2015

"...we need is just a little patience."



"Eu disse: mulher, pega leve
as coisas vão ficar bem,

você e eu só temos que ter um pouco de paciência

[...] doçura, não se apresse

pois as luzes estão brilhando.

Você e eu temos aquilo que é necessário para dar certo."


É, não é de hoje que os poetas (isso, Axl é um poeta pra mim, e tenho dito), continuando.. não é de hoje que todo mundo sabe o que tá acontecendo no mundo. Na verdade, com o mundo não, com as pessoas. As pessoas, e volto a enfatizar que eu faço parte disso, não se escutam mais, mal se olham. Não sei bem o motivo, mas voto nessa "fastlização" com a qual somos bombardeados todos os dias. A gente não tem mais saco pra uma conversa de verdade, não. Preferimos gastar nosso tempo fincados na cadeira ou em qualquer lugar próximo a uma tomada,  hipnotizados com as luzinhas dos smartphones, tablets e afins do que com a luz dos olhos de alguém. E o mais hipócrita: esses mesmo aparelhos estão repletos de aplicativos e ferramentas que nos permitem fazer contato um com os outros cada vez de mais longe, mas nenhum "ensina" a contactar quem tá do lado. Isso me inquieta pra c******. Muito mesmo. Como eu disse, eu não sou nenhuma exceção, demorei, mas hoje também sou refém dessas "coisinhas", mas como uma má-maluca, eu tenho consciência disso. Tenho mesmo, queria ser diferente, queria que as pessoas o fossem também, que conseguissem parar uns 30 minutos só pra observar a vida passando, sem pensar em compromissos, em vibração dos grupos, seta azul e tudo mais.. Eu queria que as pessoas tivessem mais paciência, isso mesmo. Se tivessem, não precisariam de tantos artifícios para garantir que sua mensagem foi entregue e que em questão de segundo eles seriam respondidos, elas mandariam mais cartas, teriam aquela ansiedade boa, tipo borboletas na barriga a espera daquela resposta.
Mas não, não temos mais tempo pra isso. Tenho medo, muito medo do futuro das relações humanas. Acho que no futuro bem em breve as pessoas não vão conseguir se relacionar de verdade, não vão mais conseguir sentir... O mais ridículo disso é que a resposta ou saída pra esse pragmatismo todo está bem aqui, ao alcance dos dedos, tipo touchscreen - tá, não resisti rsrs - tá dentro da gente, dentro de cada um. Tudo bem, não sou tão espiritualizada assim, mas aprendi há um tempo que só uma solução de verdade pra tudo nessa vida: O amor. Sério, pode parecer piegas e meio clichê, mas sei que ele é o único sentimento capaz de aproximar as pessoas. Por isso que essas tralhas tecnológicas nos "bitolam" tanto...elas não enviam amor pelo o whatsapp, elas enviam informações, recados, notícias, correntes, qualquer coisa, mas o amor não. Amor só ali, olho no olho, touch com touch. Bom, mas as pessoas precisam por isso nos seus alarmes do celular: Lembrar de amar, pra despertar - ótima palavra nesse contexto - umas 24 vezes por dia. Aí né, quem sabe. E tenho dito. Nayara Alexandra. 


Ps: Segue um clipe de uma música que reflete muito o que ando sentindo, e claro é linda pra caralho!