segunda-feira, 23 de maio de 2011

Anseio pelo dia em que acordarei me sentindo uma obra acabada e completa. No geral me vejo como um punhado de traços toscos e mal feitos. Tenho muitas dúvidas; não sei se isso é de fato minha essência e esse meu sempre querer mais de mim mesma é pura 'normalidade', ou se a necessidade de complemento é tão gritante, mesmo.
O que sei, é que a cada dia luto contra essa sensação. Na esperança de me sentir mais 'inteira' e que os que eu realmente me importo, me tenham assim.
A minha tarefa assemelha-se a de um artista no seu processo criativo: ( não que eu seja tão complexa, ao contrário) ele apaga, rasga, escreve por cima, rasura, usa novas folhas, novas cores, com o único intuito de se enxergar na sua arte, de produzir algo que mesmo na ausência de palavras, expresse tudo o que sente.
Da mesma forma, tento pautar minha vida, apagando o que não merece ser guardado na minha memória, passando a limpo certas condutas, se preciso jogando tudo fora e recomeçando do zero, mas nunca desistir do meu próposito; ver nas minhas ações todo o mundo de sentimentos que carrego aqui dentro.
Acho que ainda estou um tanto distante disso, mas recorrendo de novo a arte, nada como a prática para ajudar-me.
Então me recuso e tenhoo nojo profundo de meias amizades, meias paixões, meias verdades, e 'meias vidas'.Quero 'integralidade total' pra mesclar tudo que puder e converter na arte final da minha própria vida.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"You're in my mind all of the time
I know that's not enough
If the sky can crack
There must be someway back,
           To love and only love
           Electrical storm
          Baby, don't cry!"





-Electrical storm - U2

terça-feira, 17 de maio de 2011



"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim....
eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir."

Oi, pessoas...

Andei sumida daqui, primeiramente porque esse mecanismo lindo e perfeito (ironia, ok?),que é a minha internet, não estava cooperando muito com minha vida social e acadêmica.
E segundo, não tinha nada, mas absolutamente nada que despertasse minha vontade de escrever, na verdade ainda não há muita coisa, mesmo assim né, cá estou eu..
Deixa eu ver como anda a minha vida...ah, tenho mais coisas pra fazer que dias na semana. Minha agenda está cheia até terça da próxima semana, desculpa ae. huahahushuahus.
Pura balela, mas finalmente esse blog está dizendo a que veio: servir de receptáculo pras minhas tolices.Tsc tsc tsc tsc...
Ah o meu coração, aquela parte inerte e quase despovoada do meu corpo? Esse permanece assim; com poucos, mas importantissimos habitantes e sem muitas alterações ou aventuras.
ademais não tenho mais nada do que falar, ando meio sem expressão ultimamente, aliás na verdade, ando bastante introspectiva, só filtrando o que me é dirigido, e absorvendo o que me comove, acho que já já chego no meu 'limite' e deixo fluir tudo, mas por hora fico por aqui.
Segue uma foto tirada em um evento de enfermagem que rolou aqui, do qual eu e 'uzamigo' da sala participamos na semana passada;

domingo, 8 de maio de 2011

Feliz dia das mães...ou não.

Own, que clicê hoje, uma bando de desnaturados que passam o ano  sem dar muita importância àquela criatura que sempre fez e faz de tudo por eles. Ae chega o segundo domingo de maio e eles vêem pedindo arrego, seduzem a coroa com um presentinho bonito..OMG -.-
Gente, sem essa de dias das mães, esse dia é só um artificio do capitalismo pra aquecer o comércio e a libido dos compradores alienados.
Sua mãe está contigo todos os dias, e mesmo que você não more com ela, o capitalismo fez algo de bom, ao menos, e te propicia a internet, o telefone.
Eu sei, e sei muito bem, que as vezes nem tudo são flores com a coroa né? que metade ou a semana inteira, as vezes, a gente passa se estranhando com elas. Mas espero que vocês não tenham esperado hoje pra pedir desculpas, ou pra desculpá-las, porque uma dia ela ou você podem não estar mais por perto, e você vai se arrepender de não ter feito isso, pois por mais brigas, desentendimentos e tudo mais, sempre é ela a única pessoa que ama a gente de graça, e pra sempre, mesmo que não nos lembremos mais disso, depois de um tempo.
Então mães, e minhas mães, (é eu tenho  3, haha M-O-R-R-A-M huahushuahus) não se contentem com esse dominguinho não, vocês merecem bem mais que hoje, e filhos, apesar de qualquer coisa, zelem pelas sua coroas, é o minimo que vocês(eu também) podem fazer.
Ah, fui, vou ligar pra minha hehe..

sábado, 7 de maio de 2011

Antes tarde do que nunca.

'Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. As ações foram ajuizadas na Corte, respectivamente, pela Procuradoria-Geral da República e pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
O julgamento começou na tarde de ontem (4), quando o relator das ações, ministro Ayres Britto, votou no sentido de dar interpretação conforme a Constituição Federal para excluir qualquer significado do artigo 1.723 do Código Civil que impeça o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar.
O ministro Ayres Britto argumentou que o artigo 3º, inciso IV, da CF veda qualquer discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém pode ser diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual. “O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, observou o ministro, para concluir que qualquer depreciação da união estável homoafetiva colide, portanto, com o inciso IV do artigo 3º da CF.
Os ministros Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso, bem como as ministras Cármen Lúcia Antunes Rocha e Ellen Gracie, acompanharam o entendimento do ministro Ayres Britto, pela procedência das ações e com efeito vinculante, no sentido de dar interpretação conforme a Constituição Federal para excluir qualquer significado do artigo 1.723 do Código Civil que impeça o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar.
Na sessão de quarta-feira, antes do relator, falaram os autores das duas ações – o procurador-geral da República e o governador do Estado do Rio de Janeiro, por meio de seu representante –, o advogado-geral da União e advogados de diversas entidades, admitidas como amici curiae (amigos da Corte).
Ações
A ADI 4277 foi protocolada na Corte inicialmente como ADPF 178. A ação buscou a declaração de reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Pediu, também, que os mesmos direitos e deveres dos companheiros nas uniões estáveis fossem estendidos aos companheiros nas uniões entre pessoas do mesmo sexo.
Já na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, o governo do Estado do Rio de Janeiro (RJ) alegou que o não reconhecimento da união homoafetiva contraria preceitos fundamentais como igualdade, liberdade (da qual decorre a autonomia da vontade) e o princípio da dignidade da pessoa humana, todos da Constituição Federal. Com esse argumento, pediu que o STF aplicasse o regime jurídico das uniões estáveis, previsto no artigo 1.723 do Código Civil, às uniões homoafetivas de funcionários públicos civis do Rio de Janeiro.'

segunda-feira, 2 de maio de 2011

'..e o que eu sinto, não sei dizer...'

Não, não é bem saudades, pois saudades sempre remetem a algo que queremos que volte, que recomece..e eu não sinto isso. Pelo menos não totalmente. Sinto falta de umas frases, ums gestos, ums olhares, mas ao lembrar deles, também esbarro nas lembranças das coisas que me fizeram abrir mão desse sentimento, e infezlimente elas vencenram tudo que em dupla eu planejei.Antes eu me sentia a vontade tendo tais sentimentos,sentia que me completavam, e acho que durante certo tempo a reciproca era verdadeira sim. Mas por razões que talvez eu propiciei, ou outrém, ( não interessa de quem é a culpa agora.) passaram a me sufocar, a me prender. E amor é pra ser dado de graça, e não cobrado, exigido.
Já faz algum tempo, mas sinto como se tivesse deixado pontas e vestigios dessa relação. O que me entristece, pois queria ter a certeza que disse tudo que tinha de ser dito, e feito tudo que deveria ser feito. Mas infezlimente eu não me sinto assim. Eu tinha tantas coisas a dizer, a explicar, pois da forma como foi feito eu sei que deixei tudo no ar, fragmentado e sem nexo, que não me admira que fiquei sujeita a ser alvo de julgamentos errôneos dos meus atos. Acho que no fundo eu sempre tive certeza do que eu queria ou deixava de querer,  mas faltou um pingo de coragem e sinceridade pra dizer a quem de fato interessava.Talvez pra poupar sofrimentos, alias tentativa vã, pois com isso aprendi que nesses casos sempre se sofre, ambos os lados, mais ou menos, a dor é inevitável, o máximo que pode ser feito é justifica-la e ameniza-la, e eu falhei nesse aspecto. E me condeno até hoje por isso.
Se você leu esse post até agora, talvez pode ter se perguntado de quem eu falo, ou sobre o que aconteceu. Detalhes dispensáveis, creio eu.Por isso não os darei.
O que queria por pra fora mesmo é só o que eu sinto, e senti.Saibam, eu amei e amo muito.Meu amor é que infezlimente tomou aspectos e sentidos diferentes dos que os que  outrem tinha. Talvez um dia o mesmo entenda, compreenda meus motivos, e os momentos bons, os velhos gestos, olhares as frases, saiam então do meu passado e povoem o meu presente, em contextos diferentes, claro.Encenados assim, pelos mesmos atores, mas em roteiros e cenários diferentes.
Então o que eu sinto em relação a isso? Sinceramente, não sei.
É um misto de nostalgia, arrependimento por não ter dito certas coisas, tristeza pelo rumo que as coisas tomaram, e por essa distãncia que se criou.Mas creio de verdade, que o tempo é o senhor de todas as coisas, se algum reecontro tiver que ocorrer, acho que ocorrerá.
Por enquanto, tento me apegar as coisas boas que ficaram, elas bastam. E seguir, e orar pra que outrem faça o mesmo, e fique bem.
Nayara Alexandra.