sábado, 30 de março de 2013

...eu sei.


Porque pra gente saber que é amor não precisa necessariamente ouvir. Aliás, não é preciso que se escute o que sai da boca de alguém. Não, o amor fala por meio de linguagens e códigos bem mais complexos que as palavras. 
Sabe aquele arrepio que se dá só ao ouvir aquela voz, mesmo que de outro lado da linha? Então, é possível que seja amor. 
E aquelas borboletinhas que voam completamente desordenadas na barriga quando a gente sabe que vai encontrar aquela pessoa? Tipo, tudo indica que é amor.

Mas aquele olhar, aqueles que as duas pessoas trocam, que dispensa qualquer outra coisa, e que o resto do mundo nem percebe, mas que faz o mundo parar, naquele momento, só pra eles. Isso sim, com certeza é amor. E tenho dito.
-NayaraAlexandra.




"Porque eu sei que é amor..."

sexta-feira, 29 de março de 2013

" É saudade, então."

Eu achava que entendia de um monte de coisas nessa vida, entre elas, achava que sabia como era a sensação de se ter saudades, seja de algo ou de alguém. Aí, numa bela segunda-feira de sol, eu começo a entender que não entendia de nada. Nem da vida, nem sobre sentir saudades.
Aprendi na prática que tudo pode mudar ou deixar de existir em frações de segundos, que a minha vida e a de quem me cerca não é nem um pouco constante. Que em uma noite, um  pai pode por seu filho pra dormir como faz todos os dias e nem imaginar que seria a última vez que o teria em seus braços. Que  teria  aquela "discussãozinha rotineira" com sua esposa e talvez até tenha dormido sem dizer que a ama ou ter feito o carinho que sempre faz, porque na sua cabeça, no dia seguinte já estaria tudo bem, talvez ele até trouxesse um "agrado" pra ela quando saísse do trabalho. Se ele soubesse que não teria essa chance, talvez tivesse feito as pazes na mesma hora, eu acho. E quando saiu de manhã pra trabalhar, será que imaginaria que seria a ultima vez que fecharia o portão de casa? Com certeza não, pois saiu cedo, ainda sem sol no céu, mas feliz, porque quando voltasse super cansado de um dia de trabalho, saberia que seu porto seguro estaria ali, no mesmo lugar onde deixou... mas ele não voltou. 
É assim, simples assim. Em um segundo se está aqui, fazendo planos, jogando conversa fora, no segundo posterior, você pode nem existir mais. Pode se tornar a lembrança dolorida no coração de alguém. 
E o pior, (que é o que acontece comigo), que não tem manual de instruções pra se lidar com isso. Pra se lidar com a ausência, com as saudades. As saudades de verdade sabe? Não aquilo que você sente dos seus amigos de escola nas férias, mas aquela que chega a doer quando se pensa na pessoa, e dói mais ainda quando você percebe que não vai passar, que a pessoa não vai voltar. Que por mais que se preencha o dia com mil e uma coisas, aquele buraco nunca fecha, você faz até uns curativos, esquece da dor um pouco, mas sabe que tá ali. 
É, você vai dormindo e acordando todos os dias, buscando as companhias que te divertem, tentando passar o menor tempo possível sozinho, porque quando se olha ao redor e não tem ninguém, o "buraco" fica "negro" e te suga pra dentro dele. E tudo que você passou o dia lutando pra não lembrar, vem com toda força nessas horas.
No mais, você acaba se acostumando com a ausência, acaba aprendendo a conviver com ela normalmente, e rezando todas noites pra que um dia, ao acordar, você ainda que lembrando, ainda que sentindo que o buraco tá ali, mas que não doa (tanto) mais, que ao lembrar do que se foi, não se sinta só tristeza, mas que depois de um tempinho, você já consiga rir sozinha com aquela lembrança engraçada. Que ao menos, se doer, você não estanque mais, ao contrário, ache forças e siga em frente. Mesmo "esburacada", mas dando o seu máximo pra ser feliz, pra ficar bem, pra ajudar os demais "esburacados" que te cercam. E tenho dito.
-NayaraAlexandra

segunda-feira, 25 de março de 2013

...

Bom, eu passei um tempo sem escrever nada, poderia dizer que o motivo foi o fato de eu não ter tido muito tempo ( o que não seria mentira), mas mais do que isso, mais que falta de tempo, foi mais falta de coragem mesmo. Coragem de enfrentar o mundo, de me enfrentar também. Porque às vezes, acontece tanta coisa com a gente ou com o que nos cerca,  que assusta sabe. Que nos pegam pelos pés e sacodem, mas sacodem com força, que quando voltamos pra posição certa até os pensamentos estão "sacudidos". São nessas horas que infelizmente, eu tenho a reação mais previsível pra o momento: recuo. Não que eu recue do mundo, das pessoas, não. Disso eu não tenho nenhum receio, difícil mesmo é lidar comigo, com o estrago que faz cada "sacudida" que recebo. Porque pra mim não é difícil olhar ao redor e achar o que me preencha,  complicado mesmo, é olhar aqui pra dentro e não sentir o vazio. Não é tão difícil estar bem na companhia de outras pessoas e estabelecer diálogos, o "bicho só pega" mesmo quando são os monólogos que aparecem. Me conectar com outrem não tem sido uma tarefa árdua, o intrigante e desafiador pra mim, nesse momento, e reaprender a  ver aquelas conexões que só existiam comigo mesma. E tenho dito.