sábado, 15 de outubro de 2011

Mais difícil que começar coisas, é terminar coisas.
Principalmente se essas coisas envolvem outra pessoa e tem um sentimentozinho no meio.
Porque o bicho homem tem um dom natural de complicar bastante qualquer situação antes de finaliza-la , parece que o sofrimento atrai. Ou não, talvez seja só esse apego natural que a gente cultiva.
É tanto apego, que se apega até ao que não existe mais.
Pois venhamos e convenhamos, manter vínculos com ilusões, às vezes, é melhor do que aceitar a ideia que não  se está preso a nada. Só assim, mantém dentro da gente a aparência que ainda estamos fazendo parte de algo, e pelo menos até a distância e o desamor de outrem, ainda é nosso. E mesmo que o amor, e tudo que havia de bom tenha se dissipado, ainda passamos um tempo considerável tomando posse daquele desprezo que é só nosso, da indiferença que é só nossa, de tudo que é só nosso. Menos a outra pessoa. É a forma torta de fazer com  que a mesma permaneça.
E alguém precisa nos ensinar a como deixá-la simplesmente, passar. Sem mais dores, sem mais decepções e sofrimentos. Porque tudo passa, tudo deve passar.É o natural. Que as coisas se renovem, pra melhores chegarem, manter-se preso ao que já acabou, é impedir a reciclagem do coração, da alma. 
E coração usado é diferente de coração reciclado.




Ps.: O coração usado ainda sofre por partos anteriores, é bloqueado pra novos habitantes. Já o reciclado, por sua vez, além de estar recuperado, também anseia estímulos pra viver novas experiências.


-Nayara Alexandra






"Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É permitir que voe sem que nos leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais."
-Ana Jácomo

3 comentários:

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  3. Diversos finais da mesma coisa acabam nos deixando reticentes. Sem um olhar pra trás, nem mesmo de saudade. Desses quase inevitáveis que a vida sempre faz questão de nos dá, seja numa recordação daquilo que depois de tanto tempo fica ainda mais fácil ver. Então... É mesmo mais fácil começar.

    Talvez... Quem sabe? Seja mesmo muito mais difícil acabar, de esquecer, de não parar de lembrar, de ter saudade. Que seja!! Que acabe sendo muito mais complicado seguir em frente. Normalmente aquilo que é mais difícil terminar, sempre é aquilo sem o qual a sua vida não podia ter passado sem tê-lo vivido, e talvez... Quem sabe? O coração usado, recicle, tornando novo o velho de cada dia. Talvez... Quem sabe?!

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