quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

" o infaltável"

Nesses dias tão estranhos e corridos, falta-se quase tudo:
Tempo, dinheiro, paciência, sono e por aí vai...
Contudo, tinha-se plena consciência que certas coisas não podiam faltar no seu dia:
Pessoas,  comida e amor.
Isso mesmo, não necessariamente nessa ordem.
Porque era do tipo de pessoa que não funcionava bem no modo "forever alone". Gostava de barulho, de vozes estranhas que conseguissem distraí-las dos seus próprios pensamentos, adorava conversar, às vezes até tagarelar mesmo, achava perfeitamente normal.
Comida no entanto era seu ponto fraco, ou forte, depende do ponto de vista. O que sentia, de fato, era aquela sensação boa de saciedade, satisfação. Não sabia se era pela fome, ou uma tentativa torpe de sanar suas ansiedades rotineiras. Essa pergunta não iria mover um músculo para responder,pois gostava dessa parte saborosa sempre presente do seu dia, mesmo que isso refletisse em gramas a mais na balança.
Bem, o amor, porém, eram algo mais complexo do seus dias. No entanto, era o mais louvável. Porque no meio de tanta coisa que lhe faltava, só quando amava, percebia que tudo o mais não fazia a mínima diferença. E não que amasse todo mundo, não. Só amava da melhor forma possível. Jamais saberia se amava o suficiente, mesmo assim amava, amava porque o amor ( às pessoas, à boas ideias, à vida) lhe movia pra frente, lhe mantinha vivo. De todas as coisas sabia que essa  era a mais "infaltável" no meio dos dias estranhos e corridos de sempre.  E tenho dito.
-Nayara Alexandra.


Ps: "Infaltável" foi o termo que designei pra tentar expressar tudo aquilo que me edifica, me mantem firme. Algo que se retirado, leva consigo todo o sentido da minha vida.

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