quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pra parar meu mundo...


E de tanto pensar nas voltas que o mundo dá, se assustou ao ver que tem umas horas que a física perde todo sentido. Que tudo que conhecia sobre órbitas, eixos e rotas pode se esvair num piscar de olhos. Que tudo que se acredita e que se dá aquele ar de certeza absoluta, pode se tratar de uma mera suposição.
Desse jeito, finalmente pôs dentro da sua cabeça (ora oca, ora empaturrada de coisas) que as melhores coisas acontecem naquele instante, aquele...quando parece que até a gravidade cessou, que o que te mantém preso ao chão se extingue, mas que algo maior retoma seu equilíbrio. São nessas horas que a gente, mesmo sem ter noção espacial e temporal da nossa vida, tem certeza que está ocupando o espaço exato, na hora exata ( e com a companhia exata) e que o resto... bom, nessas horas não se pensa em muita coisa, muito menos no resto. Nesses momentos os nossos pensamentos por algum mecanismo totalmente alheio a nossa vontade, decidem se alinhar em uma só frequência, e mais estranhamente ainda, se fecham às demais. De modo que, chega-se a pensar que nesses momentos do dia, aquele mundo, que jurávamos ser nosso, de fato, nunca nos pertenceu. Estávamos apenas aguardando o seu dono vir reclamá-lo. E é assim guiando-se por esse mesmo principio que passamos pelos "dias normais", a espera de mais momentos como esse. Intervalos de tempo (imensuráveis), em que já não importam as falhas e  acertos, pois compreende-se que tudo que foi vivido serviu pra se preparar para esse momento, pra que as "orbitas" se alinhassem, as latitudes e longitudes se encontrassem, o "pi" fosse finito e os ponteiros parassem. Eis que, onde aparentemente o caos reinaria, a lógica fez-se soberana. Ah, e nessa hora o mundo gira? 
-Não, o mundo para pra assistir. E tenho dito.

NayaraAlexandra

Nenhum comentário:

Postar um comentário