domingo, 8 de maio de 2016

Um pouco tudo.

Depois de passar tanto tempo procurando tanto nos outros, a gente acaba criando o hábito de achar que é “um pouco”: que é um pouco sofrido demais, que é um pouco triste demais, que é um pouco mal amado demais.
Aí, você gasta uma quantidade de energia e tempo consideráveis pra visualizar em outro ser humano, que muitas vezes é até “um pouco” mais que você, mas que parece responder a todos as interrogações dentro da sua cabeça.
Aí começa o caos. Primeiro: quem foi que disse que uma coisa que incomoda por dentro vai ser respondida de fora? Segundo: Ninguém nunca vai ser capaz de responder sobre algo que não lhe pertence, que não conhece.
Mas podemos pensar: “Não, sei de alguém que me conhece melhor que a mim mesmo!” Talvez, se você tiver um alter ego em meio às suas múltiplas personalidades, pode ser, mas supondo que não é todo mundo que tem múltiplas personalidades, então, não. Ninguém vai conhecer você melhor que você mesmo.
“Mas véi, eu acho que ainda não me conheço muito bem.”
Ok. E será que um ambiente que já é estranho pra você não seria totalmente inóspito pra alguém mais estranho ainda?

Ela achava que pra ser forte era só ter força,
Se tornou rocha, mas ainda assim, doía.
Ela achava que pra ser forte deveria repelir tudo e a todos,
Se tornou insensível, mas ainda assim, doía.
Ela depois achou que pra ser forte precisava de mais alguém,
Se tornou imã, mas poxa, ainda assim, doía.
Ela finalmente achou que pra ser forte não deveria sentir mais nada!
Mas ainda assim, doía.
Então ela percebeu que realmente era forte,
 quando não precisou mais esconder que doía.


-NayaraAlexandra

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