terça-feira, 14 de agosto de 2012

Aquele não sei o quê.

E tem uns dias, desses até bem comuns:
Sem chuva, mas também sem muito sol, meio parado mesmo, 
mas que por dentro da gente tudo se move. 
E a gente não sabe por que tanta danação, tanta impaciência.
Surgem teorias: amor novo, problema de família, coisas demais na cabeça pra se fazer e por aí vai...
Mas na verdade nem a gente sabe, o porquê do reboliço.
Só sabe que invade, e que contagia.
É um tique ali, um tropeção aqui,  objetos derrubados de um lado...
Enfim, é a estranha forma de mostrar pra o lado de fora o que tá "pegando" por dentro.
Esperando talvez, que a sensação passe, que tudo se abrande, se acalme
E que a gente descubra, nesses dias tão normais, o que é aquele não sei o quê que a gente sente
Que depois de muito pensar e questionar,
A gente finalmente perceba que isso tudo que parece de momento, sempre esteve com a gente
Que normal mesmo, é ser todo revirado por dentro
Que isso de sentimentos bonitinhos, organizadinhos e com nome pré-definido não existe.
Que o que nos move, é sempre a bagunça, o que a gente sente sem controle, tão sem controle que as represas do lado de dentro um dia não aguentam, e tudo fica exposto, fica vivo, de verdade.
Que de fato, é de vários "aquele não sei o quê que me dá" que se vive a vida.
-Nayara Alexandra.

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