O meu gostar poder ser de todo hipócrita e esconder a repulsa, a minha repulsa pode maquiar uma atração. E a minha atração pode ser de fato desinteressada.
E meu desinteresse nada mais é que a fadiga de interesses anteriores.
E que o meu antes pode ser sempre o meu depois, e por consequência o meu agora.
Agora, que a partir do momento que se realiza já é ontem. Que amanhã será anteontem. E depois esquecimento.
E que tudo que eu não sou possa ser visto apenas como o inverso do que me define e não parte do mesmo, pra que dessa forma o que me traduz seja único e ao mesmo tempo imensurável. E seja apenas eu.
E que ser eu não seja controverso, tampouco simplório. Seja real.
Porque mentiras não me cabem, não me completam.
Mesmo dura e avassaladora, que seja de verdade.
Então, que eu apenas omita o necessário.
Que o desnecessário não satisfaz, não me convém, mas também está por aqui.
Que o meu amor...não de amor eu não ouso falar. Pois é justo tratar apenas do que eu posso domar e assumir o controle.
Sobre o que me move e me guia, eu só ouso sentir.
-NayaraAlexandra
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