terça-feira, 12 de abril de 2011

Eu calo, mas não consinto.

Eu acabei de discutir com a minha mãe, mais uma vez essa semana. E sempre depois dessas discussões eu fico pensando em tudo que eu queria ter dito a ela, me imagino falando, imagino até as respostas dela, mas só imagino.Porque na prática eu permaneço estática,muda, anestesiada eu diria. Tanto é  que desenvolvi uma tecnica pra não chorar mais depois de cada tensão, eu simplesmente não me concentro no que ela fala, ela está ali me fazendo todas as acusações possiveis ou simplesmente reclamando por alguma bobagem, e eu tô correndo na areia da praia, bem longe. Ah, você deve estar pensando; 'hum o mundo está perdido, os filhos nem dão a minima pra o que os pais falam, absurdo', ou lá no fundo, você sabe que já fez a mesma coisa mas não vai ter coragem de admitir agora. Mas sabe o que é? Eu amo demais a minha mãe, mas não sou mais uma criancinha que acha que os pais são super herois e não erram.E não eu não estou reclamando de barriga cheia, sendo engrata, ou coisa do tipo, o unico problema da nossa relação mãe e filha, é esse silencio, mas a MÃE É MINHA E NINGUÉM TRISCA, ok? Na verdade a minha mãe é a mulher que eu mais admiro nesse mundo, mas não vou ser hipócrita a ponto de dizer que ela é minha melhor amiga.
Acho que um dia eu tomo coragem e digo tudo isso a ela, isso e mais uma série de coisas que ela não sabe sobre mim, e que eu sei vão machuca-la, mas ela merece a verdade, e eu mereço poder parar de mentir pra ela e pra mim mesma, só pra variar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário